Tabatinga (AM) – Imagens recentes de satélite mostram a recuperação gradual do Rio Solimões, após a vazante severa registrada em setembro na região de fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Os registros, obtidos pela rede Planet e analisados pela Plataforma SCCON do Programa M.A.I.S, revelam a diminuição dos bancos de areia e a retomada da navegabilidade em outubro.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), o nível do Solimões em Tabatinga passou de -2,34 metros em 2024 para 0,75 metro em 2025, afastando o risco de colapso na navegação e no abastecimento. A melhora está ligada à previsão de chuvas dentro da média e à possível formação do fenômeno La Niña, que tende a trazer precipitações mais regulares à Amazônia Ocidental.
O meteorologista Renato Cruz Senna, do INPA, explica que as variações no Alto Solimões são rápidas, reagindo às chuvas vindas da Cordilheira dos Andes. “Os níveis baixam e sobem rapidamente, e as previsões indicam chuvas próximas ou acima da média para as próximas semanas”, afirma.
Em municípios como Benjamin Constant, onde o porto chegou a ser isolado durante a seca, as embarcações comerciais retomaram as viagens em outubro. O comandante Ismael Araújo, do ferry Madame Crys 1, relatou melhora significativa: “Em Tabatinga já tem bastante água, todos os dias o rio sobe cerca de 10 centímetros.”
Apesar da recuperação, o governo do Amazonas mantém atenção sobre os impactos climáticos. Em 2025, 44 municípios decretaram situação de emergência, afetando mais de 550 mil pessoas em todo o estado.
Por Redação SIMCOM

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